quinta-feira, 17 de novembro de 2011

22/11/2011 - Teatro Renascença - projeto "Sons da Cidade"


O projeto "Sons da Cidade" reúne mensalmente artistas de um determinado gênero musical para presentear a cidade de Porto Alegre com estes espetáculos. Trata-se de uma nobre iniciativa em direção ao ecletismo musical.
A última edição do projeto no ano de 2011 teve como convida os os artistas Andy Boy e Luciano Leães, que ensaiaram novos temas para esta apresentação.
O show de Andy chamou-se de "Andy Boy Blues Review", trazendo no repertório um apanhado de influências que acompanharam Andy ao longo dos mais de 20 anos de palco.
Dentro em breve serão postados no youtube vídeos desta apresentação. Os vídeos a seguir mostram as interpretações do grupo durante a entrevista com o comunicador Roger Lerina, no programa Camarote TVCOM.













segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bop-A-Lula Trio - release



Pode parecer estranho a grafia ou a pronúncia, mas é isso aí mesmo: Bop-A-Lula Trio
O nome da banda, é uma alusão a um dos temas mais famosos da década de 50, de autoria de Gene Vincent: "Be Bop A Lula".
Este é um projeto conjunto de Andy Serrano com seus amigos André Bertinetti (Kaverinha) e José Baronio (Zeca). A idéia é simples e eficaz: um power trio com guitarra semi-acústica, contra-baixo acústico (rabecão) e bateria estilo rockabilly (baterista toca em pé). O vocal fica ao cargo de Andy e os "backing vocals" com o Kaverinha e Zeca.


A proposta musical são os sucessos dos anos 50, tendo no repertório temas de artistas como: Carl Perkins, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Gene Vincent, Eddie Cochran, Little Richard, Buddy Holly entre outros.
Em meio a constante energia dos rock de sucesso dos anos 50 o show possui também momentos de baladas famosas, tais como "Tears on my Pillow", "Donna", "I can´t help falling in love with you".
O Bop-A-Lula Trio também possui uma formação apenas com instrumentos de cordas, quando Andy assume um violão; neste caso, o trio se denomina " Bop-A-Lula Strings"


Aonde quer que se apresente, a Bop-A-Lula Trio cativa o público com a virtuosidade e energia de suas apresentações, bem como pelo repertório extremamente animado de sucessos os anos 50 que acabam por agradar toda legião de roqueiros de qualquer idade!











sábado, 26 de março de 2011

um microfone de "harmônica blues"

Eu já ajudei muitos gaitistas com informações sobre microfones para gaita blues... informações sobre cápsulas de cristal, cerâmicas, dinâmicas e as famosas magnéticas “Controlled Magnetic” e “Controlled Reluctance”... também sobre a aplicabilidade dos transformadores de impedância na adaptação de cápsulas dinâmicas de baixa impedância... talvez eu ainda venha a falar aprofundadamente sobre cada uma no blog, mas este post é na verdade pra mostrar este lindo microfone que adaptei para um amigo e cliente da minha empresa, Serrano Amps, o Tadeu, de Saquarema.

O microfone em questão foi uma adaptação de um microfone dinâmico feito originalmente para voz, que por sua vez, acreditem, foi feito conforme o design dos antigos microfones Astatic JT30 que tantos gaitistas utilizaram para a harmônica; ou seja, o fabricante deste microfone pensou nos antigos Astatic como modelo para construir um mic de voz para palco com uma aparência “vintage”.
Embora o microfone seja anunciado no mercado como “microfone de voz e gaita” é importante lembrar que a atitude do microfone é idêntica a um mic de voz normal, apesar de sua aparência com design estilo “bullet” antigo. A cápsula dinâmica e as ventilações no corpo do microfone é que dão esta característica de microfone de voz, não estando, portanto, o mic nem de perto dentro das especificações necessárias àqueles que desejam os timbres de gaita blues. Contudo, se a intenção do gaitista é a de usar um microfone “estilo SM58” para extrair uma sonoridade limpa diretamente para mesa de som, então este microfone sem nenhuma modificação pode sim ser a respota... embora eu ache completamente desnecessário portar um microfone deste tamanho se a mesma proposta de som limpo pode ser feita com microfones bem mais ergonômicos para esta função como o próprio SM58 e todos seus similares. Digno de citação seria então o “mic-5”, da Hering, que tem exatamente esta função.


A primeira tarefa foi de extrair a cápsula dinâmica de dentro do microfone.
Depois, encontrar uma maneira eficiente para vedar/tapar/eliminar as ventilações do corpo do mic.

A minha escolha foi a de usar as próprias grades de metal (finas telas de metal que protegiam as ventilações) como base para a vedação. Fiz um teste com uma cola especial utilizada em artes plásticas no canto da tela e após a secagem a cola que era branca ficava transparente mantendo a aparência da grade, mas fechando cada minúsculo poro de ventilação da mesma. Fiz então 3 camadas sucessivas de cola utilizando o pincel, sendo que cada camada foi deixada para secar por 24 horas. A vedação não poderia ter ficado melhor, estando o microfone vedado sem nenhuma aparência de “intervenção”. A luz ultrapassa a vedação deixando a impressão de que a ventilação pelas grades ainda existe, porém, quando visto com uma lente se observa a eficácia do método!

Após a vedação do corpo do microfone foi a vez da inatalação da cápsula Shure “Controlled Magnetic” de alta impedância. Estas cápsulas podem ser obtidas no mercado norte-americano através do ebay. Contudo, algum risco sempre se corre comprando estas cápsulas de vendedores sem histórico ou compromisso. Eu chamo de “vendedor sem compromisso” os eventuais vendedores que não trabalham no ramo, não possuindo então um compromisso de qualidade/informação, pois venderão uma peça apenas. Aconselho nestes casos a comprar uma cápsula ou microfone de fornecedores norte-americanos comprometidos com seus clientes e preocupados com suas reputações.
(cuidado com cápsulas de média e de baixa impedância, pois a Shure também as fazia, de idêntica aparência, porém diferentes códigos/referências)

A instalação da cápsula CM no microfone se fez de maneira bastante simples com a utilização de cola quente, mas assegurando a possibilidade de manutenção futura. A cápsula teve sua circunferência envolvida em uma tira estreita de fita-isolante plástica, para a cola quente não aderir diretamente na proteção de alumínio cápsula. Entre a cápsula e a grade foi colocado um fina espuma preta que deve ajudar a evitar que respingos de saliva (ou de cerveja!) atinjam o elemento CM. Vale lembrar que a grade possui também uma fina tela de metal de proteção, idêntica a que tinha nas ventilações atrás do mic.

Sendo esta uma boa cápsula, pode o usuário usar uma destas por muitos anos com bastante satisfação; contudo, existem outras cápsulas (bem caras) tais como as “Controlled Reluctance” ou as primeiras “Controlled Magnetic” que chegam a custar o triplo do preço de cápsulas CM dos anos 70. Vale mencionar algumas antigas e delicadas cápsulas de cristal e as cada vez mais raras “cápsula de cerâmica”, utilizada alguns anos pela Astatic.

A diferença de preço se faz pela raridade, fama, e principalmente pelo poder de captação das frequências mais graves que elas possuem.

Fazendo uma analogia com os guitarristas: cápsula de microfone variam de preço entre si assim como captadores de guitarra. A diferença é que os captadores podem ser feitos hoje com idêntica qualidade. Assim como amplificadores. Mas as cápsulas não: elas se tornarão cada vez mais raras e com preços cada vez mais discrepantes.

Ao visualizar a foto comparativa da grade frontal do microfone com o meu original Astatic JT30 se observa que foi eliminado do design uma barra horizontal da grade do Astatic original. Na minha opinião, melhor assim ficou.


Finalmente, a soldagem dos fios com a correta ligação para utilização com cabos de microfone com conector XLR para o mic e P10 para o amplificador. Ao contrário do que já vi no mercado, vou fazer a ligação de modo a servir em qualquer cabo de padrão não-balanceado (com plug P10 na extremidade), já que agora se trata de um microfone de alta-impedância e não mais disponível para ligação em cabos balanceados.

















































cabo de microfone não balanceado
conector XLR para plugar no mic
e conector p10 para plugar no amplificador
Adaptador para plugar no microfone, em caso o usuário opte por utilizar cabos de guitarra com plug P10 nas duas extremidades.
A vantagem desta opção é que o gaitista desfruta de uma enorme variedade de excelentes cabos para guitarra disponíveis no mercado, com altíssima durabilidade, excelentes blindagens e texturas bonitas também.
Outra vantagem é que os gaitistas preferem um cabo que se desconecte do microfone em caso de um puxão. Isto previne o microfone de levar um tombo, caso aconteça de alguém (em geral o próprio gaitista) de pisar no cabo do microfone fazendo o mesmo ser arrancado de suas mão e caindo no chão. Os gaitistas preferem ter o microfone desconectado no meio do show do que ver o microfone cair no chão, as vezes comprometendo o microfone em definitivo!